Nem o génio

Um homem caminhava pela praia do Guincho e tropeçou numa velha lâmpada.Pegando nela, esfregou-a e… um génio saltou lá de dentro e disse:

— OK, ok! Já vi que me libertou da lâmpada, blá, blá, blá! Esqueça aquela história dos três desejos! Estamos em crise e até aqui temos de cortar: tem direito a um único desejo e ponto final.

O homem sentou-se e pensou por um instante. Depois disse:

— Eu sempre quis ir aos Açores, mas tenho um medo enorme de voar. E no mar costumo ficar enjoado. Podia construir-me uma ponte até aos Açores, para que eu pudesse ir de carro?”

O génio riu-se muito e disse: — Isso é impossível. Pense na logística do assunto. Como é que as colunas de sustentação poderiam chegar ao fundo do Oceano Atlântico? Pense em quanto betão armado. Em quanto aço. Em quanta mão-de-obra… Não, de maneira nenhuma! A ponte não pode ser! Pense noutro desejo…

O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente bom. Finalmente disse: — Sabe… Eu fui casado quatro vezes e quatro vezes me divorciei. As minhas esposas sempre disseram que eu não me importava com elas e que sou um insensível. Então o meu desejo é que eu possa entender as mulheres; saber como elas se sentem por dentro e o que elas estão a pensar quando não falam com a gente… Saber porque é que estão a chorar… Saber o que elas realmente querem quando não dizem nada… Saber como fazê-las realmente felizes!

Ao que o génio respondeu: — Queres a porcaria da ponte com duas… ou quatro faixas?

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Não sei quem sou, mas sei que não sou quem pensas que sou.

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